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Teatro José de Alencar

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Teatro José de Alencar
Praça José de Alencar – Centro – Fone: (85) 3252-2324
Horários: As visitas podem ser feitas de segunda à sexta-feira.
Visitas gratuitas às quartas-feiras.
Funciona normalmente com programação de espetáculos diversos.

Tombado pelo IPHAN desde 1987, o Teatro José de Alencar é hoje uma das mais modernas casa de espetáculos do Brasil.
Com capacidade para 800 espectadores teve a pedra fundamental lançada em 1894 pelo então Presidente da Província o .

Origem
Na 1ª metade do Século XIX inicia-se a atividade teatral em Fortaleza, movida por grupos amadores e com muito entusiasmo, no entanto, as casas de espetáculos tinha existência efêmera.
Na 2ª metade do Século XIX, com a evolução material e espiritual da sociedade local, passou-se a reivindicar das autoridades, um teatro oficial para a Cidade.

Os Teatros Anteriores ao Teatro José de Alencar

  • Teatro da Concórdia ou da Ópera.

Construído na década de 30 do Século XIX.
Funcionou onde é hoje o Palacete Iracema, na esquina da Rua General Bezerril com Guilherme Rocha.
Em 1842, mudou-se para a Rua Barão do Rio Branco atuais N° 1080 e 1084, funcionando durante 46 anos, até 1876.

  • Teatro São José.

Inaugurado em março de 1876 funcionou na Rua Senador Pompeu, atuais N° 931 e 937.

  • Teatro das Variedades.

De proriedade do empresário João do Carmo, inaugurado em 21 de janeiro de 1877, na Rua Senador Pompeu com Dr. João Moreira (Sudoeste), não tinha cobertura e os espectadores tinham que levar cadeiras.

  • Teatro São Luiz.

Propriedade de Joaquim Feijó, no mesmo local do Variedades – 1880 a 1886.
Freqüentado por camadas sociais mais exigentes, nele se apresentavam grupos de outros Estados do Brasil, recebendo inclusive a visita do maestro Carlos Gomes.

  • Clube de Diversos Artistas.

Fundado por volta de 1897, idealizado por Papi Júnior.
Compunha-se de um corpo orquestral (destacando-se o maestro Henrique Jorge) e um corpo cênico.
Localizava-se na Rua Barão do Rio Branco, sede do Reform Club, depois encampado pelo Clube lracema.
Existiram outros Teatros, só estes foram selecionados como introdução ao José de Alencar.

O Teatro José de Alencar
O primeiro prorojeto foi de lssac Amaral e Roberto GO Bleasby e deveria ser construído sobre os alicerces de uma obra que seria um mercado no centro da Praça a qual havia sido abandonada.
As obras do teatro chegaram a ser iniciadas e depois paralisadas por falta de verbas e insuficiência nas fundações.
Em 1896 o Presidente rescindiu o contrato da construção e submeteu a obra a exame, sendo a mesma condenada.
Resolveu, o Presidente, mandar construir a versão atual no local onde Adolfo Herbster havia projetado o teatro Santa Tereza em 1864, área que estava servindo de pátio para os cavalos do Batalhão de Segurança, cujo quartel ocupava a área utilizada pelos Jardins do Teatro.
A versão atual foi edificada, sob a direção do Engenheiro Militar Capitão Bernardo José de Melo.

  • 1894

Lançamento da Pedra fundamental, pelo Presidente do Estado Coronel Bezerril Fontinele no Centro da Praça.

  • 6 de junho de 1908

Inicio das Obras

  • Direção da Obra

Raimundo Borges Filho, oficial do Exército Comandante do Batalhão de Segurança do Estado e genro do Presidente do Estado, Nogueira Acióli.

  • Execução da Obra

Walter Mac Farlanes & Co. e Serrancen Fondri, de Glascow, Escócia.

  • Inauguração

17 de junho de 1910, com um Concerto apresentado pela Banda de Música do Batalhão de Segurança sob a regência dos Maestros Henrique Jorge e Luigi Maria Smido.

Descrição do Teatro

  • Arquitetura

Está enquadrado no ecletismo, tendo como destaque o Art Nouveau (bloco da sala de espetáculo) e o neoclássico (bloco frontal).

  • Fachada

Na parte superior, a face alegre de Baco, deus grego do vinho e inventor do teatro
ladeado por duas musas.
No andar superior, salão nobre ou foyer, dois anjinhos (Cupido e Psiqué), no frontal da porta principal, representando a união do corpo e da alma.
No centro a Fortítudine, simbolizando a cidade de Fortaleza.

Em seu interior encontram-se pinturas raras dos seguintes artistas:

  • Ramos Cotoco, cearense (1871-1916) pintou os nomes das obras de José de Alencar sobre as grades das frisas e as figuras femininas no teto da sala de espetáculos.
  • Jacinto Matos, (1882-1947) pernambucano, pintou os florões no forro da sala de espetáculos.
  • Paula Barros, artista natural do Pará pintou os retratos de Carlos Gomes e de José de Alencar além da representação das três artes – pintura, música e drama – na cúpula oval da sala de espetáculos.
  • Rodolfo Amoedo, carioca, (1857-1941) pintou a moldura circular, acima do Pano de Boca.
    Rodolfo Amoedo foi aluno de Victor Meireles e professor de Portinari.
  • João Vicente pintou as imitações de mármore nas paredes da Boca de Cena.
  • Gustavo Barroso, cearense (1888-1959) escritor e historiador auxiliou o arquiteto mineiro Herculano Ramos na pintura do 1º Pano de Boca, representando o encontro de Iracema com o Guerreiro Branco.

O primeiro diretor do teatro foi Faustino de Albuquerque, ex Governador do Ceará.
Outras personalidades históricas que foram diretores do teatro:

  • Henrique Jorge – maestro.
  • Paurillo Barroso – maestro e compositor.
  • Orlando Leite – maestro.
  • Haroldo Serra – teatrólogo.
  • Fernando Piancó – diretor atual

Principais Reformas

  • 1918

Introduzidas as instalações elétricas e agregadas duas escadas internas, semelhantes às já existentes (fundidas no Ceará).

  • 1938

Passa por restauração, orientada pelo engenheiro José Barros Maia.

  • 1957

As cadeiras de palhinha (estilo austríaco), são substituidas por poltronas estofadas.

  • 1974

Recomposição da estrutura metálica, das cadeiras de palhinha e construído o jardim lateral, com projeto do arquiteto Burle Marx, na área anteriormente ocupada pelo centro de saúde, demolido em 1973.

  • 1989/91

Recomposição do jardim e instalação de espaço cênico ao ar livre para apresentação de espetáculos.
Como parte desta reforma foi construído do lado oposto ao jardim um prédio anexo, com dependências administrativas.
No anexo funcionam um auditório para 100 pessoas, a Galeria de Artes Ramos Cotoco, biblioteca especializada, bar e cozinha industrial.
No pátio um palco ao ar livre onde são apresentados espetáculos produzidos pelo teatro.

O Teatro é um monumento tombado pelo IPHAN em 10 de agosto de 1987.
A reforma de 1989 a 91 foi a maior já executada em extensão e profundidade, transformado na casa de espetáculo mais moderna do pais e num centro de atração e forrtiação para os artistas.
O trabalho de reforma foi realizado a partir de diagnóstico completo feito no teatro abrangendo as instalações físicas e elétricas, a parte decorativa (pinturas executadas nas várias reformas) e a parte artística e de público; pesquisa com os artistas e público para conhecer as necessidades dos usuários e exigências dos artistas.
O desconforto térmico era uma das reclamações existentes desde a construção, e a reforma solucionou colocando ar-condicionado na platéia.

Autoria da reforma e restauração

  • Paisagismo

Arquiteto Roberto Burle Marx – Rio de Janeiro.
Roberto Burle Marx, arquiteto e paisagista, falecido em 1994, era também artista plástico e é referência mundial como paisagista tendo entre seus mais conhecido projetos os do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro e os Jardins de Brasília.

  • Engenharia

Método Engenharia S.A – São Paulo

  • Parte elétrica

Elevadores Sur – divisão Hallstage – Porto Alegre

  • Projeto Elétrico

Oficina de projetos Solé & Castro Ltda. – Porto Alegre

  • Secretária de Cultura, Turismo e Desporto

Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau.

  • Comissão Técnica de Fiscalização

Argos Antônio Mesquita Martins – Engenhero Civil da Secretaria de Obras.

O Teatro recebeu os mais modernos equipamentos cenográficos e foi totalmente climatizado.
Nas suas dependências, funcionam também o Centro de Arte Cênicas do Ceará e a Padaria Espiritual.

Reinaugurado em 27 de Março de 1996.
A inauguração foi com a exibição da Ópera Dom Giovanni de Wolfgang Amadeus Mozart.

E
m frente ao Teatro, na Praça José de Alencar, o Monumento a José de Alencar, inaugurado em 8 de Janeiro de 1908.
A obra, do artista paulista Humberto Cozzo, é esculpida em granito branco edindo 6,5m de altura por 4,0m de largura, tendo baixos relevos ilustrativos de passagens extraídas dos romances Iracema e O Guarani.


Mais detalhes podem ser encontrados no livro Caminhando Por Fortaleza de autoria do escritor cearense Francisco Benedito de Sousa.
O Livro pode ser adquirido na Livraria do Centro Cultural Dragão do Mar, nas Bancas de Revistas na Praça do Ferreira ou diretamente do autor através do telefone: (85) 3493-2518.

Para saber mais sobre as datas veja
Para saber mais sobre os locais veja
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SETUR – Órgão Oficial de Turismo do Governo do Estado
setur-ce@turismo.setur-ce.gov.br

Fone: (85) 3488-3900 – Fax: (85) 3488-3853
Centro Administrativo Virgílio Távora Edifício SEPLAN – Térreo
Cep 60839-900 Fortaleza – Ceará – Brasil

Disque Turismo: 0800 99 15 16

FUNCET – Órgão Oficial de Turismo de Fortaleza
smdt@ivia.com.br

Fone: (85) 3231-1814 Fax: (85) 3252-4595
Rua Pereira Filgueiras 04 – Cep 60160-150 Fortaleza – Ceará – Brasil


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